Acontece que nem tudo na vida tem a irrelevância de um jogo de futebol, onde apenas classificamos times e jogadores em bons e ruins, para logo mudamos de opinião após um gol, um frango, um jogo ganho ou perdido.
Os julgamentos que fazemos na vida real costumam ter consequências. Requerem compreensão, e essas requerem dúvidas. Se, diante de cada fato, não fôssemos dominados pelo impulso de atribuir valores, mas sim tivéssemos a habilidade de descobrir o porquê das coisas serem como são, das pessoas fazerem o que fazem, quantos mal-entendidos poderíamos evitar? Não viveríamos num mundo mais tolerante, no mínimo?
Julgamentos carregam a pretensão da resposta pronta e da explicação vazia. A compreensão nos oferece os benefícios da dúvida. O que o julgador já descobriu há tempos, nós, que vamos tentar compreender, talvez nem venhamos a descobrir. Mas dos equívocos do julgador, e da sua preguiça de pensar, tenho certeza que estaremos livres.
Estava lendo e pensando que há uns dias atrás me dei por conta de que as palavras nesses dois casos nem são as mais relevantes...
ResponderExcluirO olhar fuzilante e a testa franzida do julgador tem, pra mim, um impacto ainda mais profundo... Já o sorriso acolhedor e a expressão leve de quem compreende fazem o que qualquer palavra jamais poderia fazer...
Bom, mas voltando ao que tu disse, com certeza, a compreensão e a tolerância caminham de mãos dadas e isso só traz benefícios a qualquer tipo de relação social... Mas é tão difícil...já que o caminho do julgamento, mesmo que equivocado, é "mais seguro" do que as dúvidas que tu indica como aliadas da compreensão...
Isso dá um bom papo...
É amigo, é muito mais fácil julgar que compreender. Vivemos num mundo assim, de fast-tudo, inclusive os pensamentos. Ninguém mais quer saber de entender o outro lado da moeda. São raras as pessoas que vêem a situação, reflitem e tentam compreender, para depois julgar. Ainda assim, não concordo com o julgamento. Ninguém é mais que ninguém para julgar o que é certo ou errado.
ResponderExcluirNão sei o que te inspirou a escrever o texto, também não sei se o meu comentário condiz com ele e com teus pensamentos. Mas li, fiz minha interpretação e lancei aí minha opinião.
Teus textos fazem isso comigo. Fico aqui, lendo, refletindo, e quando vejo, já estou comentando! É natural, hehehe.