quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Expectativas pra quê?

O mal que aflige o maior número de pessoas em todo o mundo, desde sempre, atende por este nome: expectativa. Não há praga maior a ser combatida na busca pela felicidade. A própria busca da felicidade é um grande atrativo para que criemos expectativa. Tratemos, portanto, de evitá-la.

A expectativa tem uma ligação intrínseca com a frustração. Porque mesmo a expectativa que se concretiza é frustrante. E por nunca estarmos satisfeitos, gera novas expectativas. Não parece melhor deixarmos que as coisas apenas aconteçam – com ou sem planejamento ou objetivo – mas sem depositar em nossos desejos a malfadada expectativa de como será a vida quando eles se concretizarem?

Quem cria expectativas, logo se dá mal. Expectativa de ter o emprego dos sonhos, de ser O cara nesse emprego, de achar a pessoa perfeita para namorar, de ter aquele carro que me fará feliz e bonito, de ter saúde a vida inteira, de ser sempre querido e bem-interpretado, de ser alegre o tempo inteiro. Em regra, nada disso acontece. E, considerando que possa acontecer, não deve ser tão bom e satisfatório assim. Logo, para quê?

Temos que ter sonhos, mas a expectativa nos faz um pouco escravos destes sonhos. E a vida, todo mundo sabe, não é o que sonhamos. É o que vivemos, não está no que esperamos.

Viver sem criar expectativas é ter um controle um pouco maior sobre nossas possibilidades de ação. Ainda que a grossíssimo modo, "Se der deu, se não der, não deu" é, sim, um princípio válido a ser seguido. Quase uma filosofia.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Raça e superação - parte III

E lá vai o Grêmio disputar outra Libertadores sem um time à altura da competição. E não deixemos de considerar que o nível da competição só cai, ano a ano. Mas lá vai o Grêmio mais uma vez, apegado ao discurso de superação e imortalidade, quando o foco deveria ser só um: qualidade.

Foi qualidade que faltou para o Grêmio em 2007, quando a final, contra o Boca Juniors, foi tudo, menos parelha. Faltou ataque. Tuta, Everton, Douglas e Amoroso eram os atacantes daquele time, que tinha Lucas, Diego Souza e Carlos Eduardo como destaques. Mas acreditamos até o fim que Schiavi, Tcheco, Ramón, algum deles se consagraria naquela decisão contra Riquelme, Palácio e Pallermo.

Em 2009, qualquer gremista de bom senso sabia que seria praticamente impossível passar pelo Cruzeiro nas semi-finais. Não foi o ataque – Jonas e Máxi Lopez - o problema maior, mas o meio-de-campo sem grande inspiração formado por Ruy, Adilson,Tcheco, Souza e Fabio Santos. No banco, Túlio e Orteman. Por muito pouco o time não sai derrotado nos dois jogos.

Desta vez, o cenário parece o mesmo. O Grêmio que não contrata e perde seu artilheiro tem time para uma boa campanha, mas que fatalmente irá se encerrar em um confronto contra um grupo indiscutivelmente mais forte - hoje Santos, Cruzeiro e Fluminense, no mínimo – contra o qual apostaremos na já batida história da mística da camisa tricolor.

Se ter Jonas como ídolo já era um sintoma de mediocridade, perdê-lo é um atestado, e que preocupa. Encerramos 2010 acreditando que faltava pouco o Grêmio voltar a ser grande. Mas começamos 2011 revisitando os velhos problemas e ouvindo o mesmo discurso. Raça e superação.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os 10 melhores jogadores que já vi

Descobri que no verão eu só sirvo pra falar de futebol. O pretenso cronista que às vezes aparece por aqui e sua inspiração estão em férias coletivas.
Como os amigos leitores, em sua maioria, também curtem futebol, fico mais tranquilo. Hoje, posto aqui uma lista dos 10 melhores jogadores que já vi (considerando que acompanho futebol há não mais do que 15 anos) até o momento. Concordem e discordem à vontade.


1 – Ronaldinho - Virou heresia elogiar o Gaúcho após a novela do início do ano. Mas, alheio a isso, esta lista tem preocupação maior com o talento dos escolhidos. E ninguém que eu tenha visto tem talento sequer parecido com o do Ronaldinho, principalmente o do Barcelona, de 2004 a 2006. Não briguemos com os fatos.

2 – Ronaldo - Não tão habilidoso quanto o Gaúcho, porém mais completo e, sem dúvidas, mais importante para a história do futebol. E carismático. Quem nunca foi fã do fenômeno em algum período da carreira?

3 – Messi - Atualmente, o melhor, e com boas chances até de chegar ao primeiro lugar. Tem um controle de bola que nenhum outro desta lista tem, além da velocidade e o chute certeiro de perna esquerda.

4 – Romário - Reconhecidamente o melhor que se teve notícia dentro da área, também vale destacar a habilidade do baixinho. Deu muito drible digno de antologias (o Amaral que o diga). E foi o cara do Tetra, minha primeira grande lembrança no futebol.
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5 – Zidane -
Há quem o considere até o melhor desde Maradona, um verdadeiro gênio. Não chego a tanto, mas reconheço que o francês sabia ajeitar um meio-de-campo e tratava a bola como poucos.

6 – Bergkamp - Chamado de Homem do Gelo (Ice Man) pela frieza, principalmente em fente ao goleiro adversário, Bergkamp realmente jogou muito. Jogou em boas seleções da Holanda, mas, em duas copas, foi eliminado pelo Brasil.

7 – Gamarra - Zagueiraço. Quando estava no auge, seria titular em qualquer time do mundo. Deu azar de jogar na seleção paraguaia e no Inter dos anos 90. Tivesse feito carreira na Europa, seria mais reconhecido.

8 – Rivaldo - Jogou muito. Só faltou carisma e um pouco de marketing para entrar na lista dos maiores do Brasil de todos os tempos. Jogou muito em duas copas, 98 e 2002. Sempre decisivo.

9 – Verón - Hoje, no fim da carreira, ainda é um dos mais respeitados meio-campistas do mundo. No auge, não tinha pra ninguém. Dono do meio-de-campo, raramente erra um passe e ainda marca bem. Vai fazer falta quando se aposentar.

10 – Eto'o - Atacante rápido e matador. O centroavante perfeito para qualquer time. Junto com Ronaldinho e Messi, no Barcelona, ajudou a formar o melhor ataque que já vi.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Papai orgulhoso

Olhem que bonito meu filho, o clicBento, na TV. A chamada vai ao ar diariamente na RBS TV para a região (não sei exatamente em quais municípios):


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tombos

Gostaria que os leitores assistissem e opinassem: qual o tombo mais espetacular? Eddie Vedder, do Pearl Jam, na Itália, ou Paul McCartney, em São Paulo? Vejam:

Eddie Vedder


Paul McCartney

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Encerrando a novela

De tudo o que se falou e escreveu sobre Ronaldinho nos últimos tempos, a mais sábia reflexão é, de longe, a do jornalista José Inácio Werneck, da ESPN. Por isso, compartilho com os amigos leitores:

"(...)Ronaldinho encarna apenas a síntese completa e definitiva de um fenômeno que passou a assolar o futebol brasileiro. Ele é a celebridade. E celebridades habitam um mundo diferente. Celebridades não precisam ser nem grandes cantores, nem grandes atores, nem grandes jogadores. Celebridades precisam apenas ser célebres para continuarem célebres."

E não é?

sábado, 8 de janeiro de 2011

Comentando a novela

Desde o fim da trágica participação gremista na novela Ronaldinho, o que mais tem me chamado a atenção é uma tendência de alguns colorados mais fanáticos, de tentar classificar essa história como um "fiasco" maior do que a derrota do Inter para o Mazembe, no Mundial de Clubes.

Reconheço como legítima a flauta colorada nessa situação em que o Grêmio se expôs ao ridículo, mas convenhamos: Não dá pra comparar. O Grêmio perdeu porque o Flamengo teve maior poder aquisitivo. O Inter perdeu porque foi menos time que o Mazembe. Alguma dúvida sobre que é pior?

Sobre o caso Ronaldinho, é difícil para este blogueiro escrever a respeito, pois posso dizer que sou o maior fã dele que conheço. Consequentemente, era o que mais queria vê-lo no meu time. Apenas porque nunca vi ninguém jogar mais que ele. Se morre de amores pelo clube ou não (pelo jeito, não), sempre achei secundário. Perdoem-me os românticos, mas, dentro de campo, sempre vou preferir um Ronaldinho infiel a um Tcheco apaixonado.

Sobre quem errou e quem acertou, acho que Paulo Odone foi coerente sempre, dizendo que só cravaria que R10 era do Grêmio quando assinasse o contrato e vestisse a camisa. Não creio que ele tenha vendido ilusões para o torcedor. Foi apenas transparente. Errou ao ter comprado ilusões do Assis, este sim o grande vilão da novela, que ainda não tem definições.

Passada a novela, resta uma grande curiosidade: que efeito terá essa história toda no Grêmio daqui pra frente? Como será a gestão Paulo Odone após esse recomeço tão conturbado? Como o time irá responder em campo? De que forma a torcida irá reagir a um possível mau resultado na Libertadores? A única certeza é a de que, para os gremistas, 2011 não será um ano qualquer.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O blogueiro vive

O blogueiro faz questão de avisar que não está em férias. A falta de atualizações deve-se tão somente à sensação térmica desfavorável.

Também aproveita para confessar que está aguardando pelo desfecho da novela Ronaldinho para o primeiro post do ano. Mas, assim como os personagens envolvidos, não promete nada.

E, se demorar muito, irá finalmente listar os "10 funks para a sua festa".