terça-feira, 20 de setembro de 2011
Férias!
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Seja menos ingênuo
O ingênuo sofre mais. A ingenuidade é a causa de quase todo sofrimento, bem como a expectativa é o motivo maior das piores frustrações.
O ingênuo carece de anticorpos para se defender da vida Quem optou por manter a ingenuidade da infância, este valor tão consagrado (pelos adultos), jamais encontrou o tão esperado final feliz, disso pode ter certeza o amigo leitor.
Se há um homem menos suscetível aos horrores da ingenuidade, este é o pessimista. Pois o otimista é sempre mais ingênuo, é o que menos desconfia e o que mais se ilude. E o pessimista não necessariamente acredita que vai dar tudo errado. Ele só parte do princípio que as coisas não têm muito por que dar certo.
Sei que é legal e correto ser otimista, apenas desconfio que não compense em longo prazo. Tento não ser ingênuo, não acreditar no discurso chato de que “tudo é possível, basta acreditar”, “quem acredita sempre alcança”, entre outros clichês do gênero.
Vale mais admitir que nem tudo é possível, acreditando ou não, e que quem acredita nem sempre alcança, geralmente fica no meio do caminho. Mas que mesmo assim pode valer a pena tentar.
Considerando como verdadeira a inerência do sofrimento à nossa condição, também é sabido que vivemos para sofrer o mínimo possível, buscando pequenas alegrias que compensem nossas piores certezas, e que nos satisfaçam cotidianamente. É o melhor que podemos fazer.
Para minimizar desilusões, um bom caminho é tratar a vida como um infindável combate contra a ingenuidade. E o pensamento cético é sempre a melhor arma.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Como vivemos
*mini-conto escrito em 2008, descoberto recentemente nos arquivos da casa.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Amigos verdadeiros e senso comum
Não precisamos e nem devemos cobrar de nossos amigos que eles estejam presentes nas horas ruins. Já defendi isso por aí. O amigo não tem que nada...apenas ser amigo, e as horas ruins não o tornarão mais verdadeiro.
Não se trata, absolutamente, de desconhecer o valor do auxílio que um amigo pode nos prestar quando uma profunda agonia parece prestes a nos derrubar a qualquer momento. Mas sim de reconhecer que esse que nos conforta nas horas ruins pode apenas ter uma habilidade que falta àquele que silencia.
Se sou incapaz de aconselhar, acalmar, sugerir soluções, isso me faz um mau amigo, um falso e aproveitador? Não acredito nisso. Ser um bom conselheiro também é questão de habilidade, tanto quanto dar aquela força na hora da mudança de apartamento. Da minha parte, sou tão descoordenado para a maioria das atividades braçais quanto para dar conselhos.
Cheguei a esboçar uma tese de que podemos reconhecer um bom amigo não pela disponibilidade dele de nos ouvir, mas pela nossa de contar a ele o que nos aflige. Mas até isso ia exigir que o amigo fosse um bom ouvinte, e acabaria por desvalorizar os que quase só falam. E jamais o desvalorizaria, justo eu, sempre mais ouvinte do que falante, e que por isso preciso de alguém que fale para que eu escute.
Amigo não é para ser útil. Para nos serem úteis, existem profissionais bem capacitados (ainda que muitas vezes cobrem caro). Amigo é pra compartilhar momentos bons e ruins, só bons, ou só ruins. E quando alguém diz que o amigo que o consola é amigo de verdade, pode estar desconsolando outro tão verdadeiro quanto.