Acho que as palavras do Vonnegut exprimem - com muito mais beleza e clareza, naturalmente - muito do que eu sempre tento dizer e defender em meus textos.
"Mas eu tinha um tio bom, meu falecido tio Alex. Era muito lido e sábio. E a principal queixa que fazia dos outros seres humanos era que raramente notavam quando eram felizes. Por isso quando tomávamos limonada debaixo da macieira no verão, digamos, e conversávamos ociosamente sobre isto e aquilo, quase zunindo como abelhas, tio Alex subitamente interrompia a tagarelice agradável para exclamar: 'Se isto não é bacana, então não sei o que é.'
Por isso eu faço o mesmo agora, assim como meus filhos e netos. E insisto com vocês para por favor notarem quando estiverem felizes, e exclamarem, ou murmurarem ou pensarem a certa altura: "Se isto não é bacana, então não sei o que é."
Pois eu ainda tenho uma tia boa, que aos 88 anos e impedida de andar, quando passa o dia fazendo uma coisa agradável diz:Mas hoje foi um dia feliz, não foi?
ResponderExcluirVerdade incontestável e irrefutável!
ResponderExcluirHá poucos dias, postei um texto, que não sei de quem é a autoria, mas que me levava à mesma constatação que tu fez hoje. Era ele:"Um conselho bem baixinho, porque coração não gosta de grito: Agradeça sempre que puder, agradeça. Assim também se faz uma oração."
Penso que se dar conta do contentamento inefável de cada coisinha simples, como passar uma tarde com a família e bons amigos no Lago São Bernardo, por exemplo, é também um jeito de entender a manifestação de um ser superior e que nos prove de bons momentos. Crentes ou descrentes na força maior, que saibamos tirar proveito de cada uma dessas ocasiões :).
Dá-lhe kurt vonnegut, a meses ehehhe!!!
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