terça-feira, 27 de março de 2012
Dois belos parágrafos de Kurt Vonnegut
quarta-feira, 21 de março de 2012
O medo da morte
Afinal, o que é que tanto nos incomoda, preocupa ou amedronta diante da inegável certeza de que um dia encararemos a cara feia da morte?
São os planos que deixaremos inacabados? É não poder mais fazer o que gostamos ou nunca mais estar com aqueles que amamos por toda a vida? É o medo do que vem a seguir, ou de que nada a venha a seguir?
Deixar de existir sempre me pareceu o mais tão trágico aspecto da morte. Tão trágico quanto curioso, tenho que admitir. O mundo segue, mas você não. É inconcebível. Viramos mera lembrança de quem nos conheceu, até que eles venham a morrer também e aí seremos parte de um passado sem testemunhas, até que nossa existência possa servir no máximo para algum descendente conquistar uma dupla cidadania no futuro.
Desconsiderando toda a carga filosófica do tema, o simples ato físico de morrer, por si só, já me incomoda o suficiente. Parar de respirar. Os cinco sentidos nos abandonando enquanto a mente nos oferece algum devaneio que nos tire a consciência do fim, caso a morte não nos alcance de forma abrupta.
Temos certeza da morte, mas não sabemos quando iremos morrer e por isso planejamos coisas. Coisas que nos farão detestar nossa morte tanto quanto a dos nossos familiares, amigos e ídolos. E jamais nos acostumaremos com a ideia de ter nossas empreitadas interrompidas.
O que vem primeiro: o medo ou o ódio da morte? Com qual destes sentimentos é menos doloroso conviver?
Assim como este texto, tudo que a morte nos deixa são perguntas e mais perguntas.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Em paz
Já bem perto do ocaso, eu te bendigo, ó Vida,
porque nunca me deste esperança mentida,
nem trabalhos injustos, nem pena imerecida.
Porque vejo, ao final de tão rude jornada,
que a minha sorte foi por mim mesmo traçada;
que, se extraí os doces méis ou o fel das cousas,
foi porque as adocei ou as fiz amargosas:
quando eu plantei roseiras, eu colhi sempre rosas.
Decerto, aos meus ardores, vai suceder o inverno:
mas tu não me disseste que maio fosse eterno!
Longas achei, confesso, minhas noites de penas;
mas não me prometeste noites boas, apenas,
e em troca tive algumas santamente serenas…
Fui amado, afagou-me o Sol. Para que mais?
Vida, nada me deves. Vida, estamos em paz!
quinta-feira, 8 de março de 2012
8 de março, dia da gratidão
8 de março, vocês sabem, não deveria ser o Dia Internacional da Mulher. Pois não há homem que se preze que não dedique todos os seus dias a uma ou a tantas mulheres quanto for possível dedicar-se.
8 de março, para este blogueiro e todo e qualquer homem de bem, é tão somente o Dia Internacional do Agradecimento à Mulher Por Todo o Encantamento que Sua Presença em Nossas Vidas Proporciona.
É o dia de celebrar todas as fofinhas irresistíveis tipo Renata Ceribelli (antes do Medida Certa); as gostosas tipo Shakira; as lindas tipo Scarlett Johansson; as mulheres perfeitas tipo Jennifer Aniston; as de voz rouca tipo Natália Lage; as talentosas tipo Adele; as MILFs (ver no Google) tipo Patrícia Poeta; as cerebrais tipo Márcia Tiburi; as bravas tipo Marina Silva. E só não elaboro a lista com mulheres do meu convívio cotidiano pois não escaparia de cometer injustiças imperdoáveis.
Uma inegável vantagem que o Jornalismo me trouxe, desde a faculdade, foi a possibilidade de ter e conviver com muitas colegas e amigas mulheres, em sua grande maioria bonitas, inteligentes e espirituosas. E o convívio com mulheres de tais predicados, aí independendo a área de atuação, é um presente absolutamente sem preço.
Agradeço às mulheres pela certeza de que, todo santo dia, um olhar, uma frase, um gesto, um beijo de mulher irá fazer valer a pena ter saído da cama em uma manhã preguiçosa.
Agradeço às mulheres pela certeza de que a cada fim de tarde, durante a caminhada na Avenida Mauá, pelo menos um belo rosto querendo ficar suado ou um shortinho harmonizado com coxas quase roliças me farão querer dar mais uma volta para ter o replay do lance, e que meu dia será um pouco mais feliz assim.
Sem ser necessário prolongar esta crônica de fim de tarde, quando tanto já foi lido e o assunto já cansou, desconsidere o amigo leitor a obviedade biológica da frase e concorde comigo: Que ambiente inóspito seria este mundo sem as mulheres.