Entre minhas lembranças mais remotas de apaixonado por futebol, estão as da Copa de 94, a do tetra. Eu tinha oito anos. Lembro que ficava assistindo, no sofá, deitado no colo da mãe, ao Apito Final, da TV Bandeirantes. E lá estava o Armando Nogueira - falecido hoje, aos 83 anos - ao lado de Luciano do Vale, Gerson, Rivelino, e mais alguém que não me vem à memória agora.
Uma mesa-redonda das melhores. Todos eram bem carismáticos, e nem lembro se eles falavam de futebol. Lembro mais das piadas do Gerson e da voz calma e tranquila do Armando Nogueira.
Com o passar dos anos, o time daquela mesa foi saindo da imprensa, o Gerson e o Rivelino nunca viraram comentaristas fixos, e as participações do Armando na televisão começaram a rarear, até ficar restrita aos canais pagos. Pouco li de seus textos, pois já me contentava em ouvir o que ele falava. Talvez agora busque algum de seus livros, já que a voz dele se calou.
De tudo o que vi do Armando Nogueira, o que mais lembro é de um comentário na Copa de 2006. Ele em uma mesa-redonda, comandada pelo Galvão Bueno, falando sobre as belas moças que visitavam a Alemanha, sede do mundial, naquele período. Após tecer elogios carregados de poesia às mulheres da Copa, ele finalizou dizendo algo assim: “Galvão, depois de ver tantas belezas, eu pergunto a Deus: Senhor, já que me tiraste as forças, por que não me tiras também a vontade?”.
Risadas estrepitosas na mesa.
segunda-feira, 29 de março de 2010
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De tantas as frases que li hoje de Armando, essa foi a única que me fez rir.
ResponderExcluirPassarei aqui mais vezes.
Abraços,
Juliana de Brito.
O Armando cunhou várias frases geniais, mas às vezes o que ele dizia espontaneamente, na TV mesmo, eram lampejos de genialidade.
ResponderExcluirValeu a visita, Ju.
Abração