Saber que a maioria das pessoas de quem gosto também gostam de mim, e geralmente com a mesma intensidade. Nada me é tão valioso. E não sei quanto aos leitores, mas eu mesmo nunca havia parado pra pensar nisso. Talvez porque o mais comum seja assumir como algo natural quando somos o melhor amigo do nosso melhor amigo, por exemplo.
Mas reparemos um pouco no tamanho do privilégio que é essa reciprocidade. Aquelas pessoas por quem temos grande afeição poderiam simplesmente não correspondê-la, sem que fossem culpadas por isso. Porém, felizmente, a regra - quando se trata de família e amigos - é o sentimento ser mútuo. Nutrimos grande amizade de quem recebemos em troca, nutrimos pouco afeto por quem nos dá o mesmo.
Às vezes quase choro de felicidade por perceber que pessoas da minha íntima preferência gostam, se preocupam, se interessam, me aturam. Não lembro de ter em minhas relações pessoais alguém a quem eu silenciosamente quisesse requisitar maior atenção, à altura da que dedico. Isso não é felicidade, pura e simples?
Parece óbvio, e talvez seja, mas como é bom desfrutar da companhia daqueles que gostamos, ou, quando isso é impossível, apenas dos seus sentimentos, quando são mútuos. Se sentir querido por estes que fazemos questão de dividir nosso tempo, humor, dúvidas, gostos, dores, alegrias. Descobri que gosto muito disso.
domingo, 22 de agosto de 2010
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Dei um Ctrl C + Ctrl V e guardei essa crônica junto com algumas outras tuas que eu já tinha guardado :D
ResponderExcluirAdoooro mesmo ler teus textos. Incrível como a gente se encaixa em muitos deles!
Beijo, querido!!
veeeeelho! muito bom!
ResponderExcluirpensei nuns 135782 comentários que eu gostaria de fazer... mas nenhum deles se encaixaria a altura do texto.
show de bola!
Siiiim, Andrei sempre escrevendo o que muita gente pensa, mas não sabe dizer assim tão bem...
ResponderExcluirFiquei aqui pensando nessas coisas...
E no quanto isso é valioso mesmo!!!