quarta-feira, 11 de agosto de 2010

É necessário conviver?

Nestes últimos dias, tenho passado um bom tempo pensando sobre como o convívio é quase irrelevante para o valor de uma amizade. Chego a apensar que ele depõe contra ela, assim como qualquer convívio diário. O bom relacionamento requer pequenas ausências, requer um pouco de saudade.

Há tempos não tenho convivido com meus melhores amigos, e a tendência é encontrá-los cada vez menos. Espalhamo-nos pelo mundo, e só as conversas virtuais nos mantém informados um sobre o outro. Mas dora o medo de que eles me esqueçam, de resto esta falta não tem sido nada nociva para o sentimento que nutro por eles. Dia desses, travamos uma bela conversa a oito mãos pelo MSN. Ria sozinho, literalmente.

Vivo feliz por saber que tenho amigos, muitos amigos, mesmo quando são escassos os encontros, as conversas, mesmo quando fico desatualizado e não sei onde eles estão, como estão, por que estão. Sabendo que eles simplesmente estão, isso me basta.

5 comentários:

  1. Bah, Andrei, ta fazendo frase de colocar na agenda... Muito boa essa:
    "O bom relacionamento requer pequenas ausências, requer um pouco de saudade."
    Concordo plenamente...

    Vou usá-la... e fazer referências a tua pessoa, lógico...
    =)

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  2. Sobre amizades, eu muitaz vezes me lamento dos amigos que não fiz. Não que eu não valorize os que tenho, longe disso. Os amo. Mas aquelas pessoas que emanam empatia, mas não aproveito para conhecê-las melhor e cultivar uma amizade, me deixam um pouco triste. É o caso contigo. Mesmo assim, posso dizer que torço pelo teu sucesso =)

    Abração!

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  3. Puxa, Dani, fiquei muito feliz lendo teu comentário. De fato, nos conhecemos um pouco tarde na faculdade e não desfrutamos do convívio um com o outro. Mas tu também emana simpatia, e será uma amiga pra sempre, ainda que à distância.

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  4. cara, essa coisa, essa tendência de nos separarmos cada vez mais, foi algo que tomou os meus pensamentos por dias há algumas semanas. nao tenho medo que esqueçam de mim, em verdade nao me traduzo em uma pessoa de medos, gosto de dar a cara, gosto do medo de nao ter certeza da tua amizade, mas no fundo, eu quero saber, que os anos podem passar, e nao vamos perder o elo. a gente vai se olhar, a gente vai rir e conversar com o maior prazer! (mas que eu queria ter meus amigos ali na esquina, a toda hora, ahh, como eu queria...).

    p.s.: quanto a penultima cronica, nao entendi, ''Nutrimos grande amizade de quem recebemos em troca, nutrimos pouco afeto por quem nos dá o mesmo''. como assim?

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