quinta-feira, 2 de junho de 2011

Jazz na sexta


n.2 - Epistrophy, de Thelonious Monk

A segunda edição do nosso já tradicional Jazz na Sexta traz a finíssima Epistrophy, do pianista Thelonious Monk, um dos primeiros ídolos jazzistas deste blogueiro. Verdade que é uma composição em parceria com o bom baterista Kenny Clarke, mas isso é detalhe.

Monk é um dos mais geniais compositores e nem precisa que coloquemos o óbvio complemento “da história do jazz”. Independe de gênero ou época para estar entre os maiores. E, advinhem só: era um excêntrico. Gostava, por exemplo, de abandonar o piano em seus shows para dançar ao som da banda ou simplesmente ficar girando no mesmo lugar, como se estivesse hipnotizado. Daí pra pior.

Menos mal que a excentricidade do Thelonious, que tem um belo nome, diga-se de passagem - é proporcional à criatividade e originalidade de cada música que ele deixou. E isso não sou eu quem diz, mas gente que entende, avalizada. Eu só absorvo e formo minhas frases.

Em Monk, cada nota soa racionalmente escolhida e tocada. Por trás da aparente estranheza das melodias, suas composições são coerentes e lógicas, revelando uma combinação do jazz tradicional, do swing e do blues...” escreveu Carlos Calado, no livro-CD sobre Monk da coleção da Folha de S. Paulo.

Para este post, escolhi Epistrophy, de 1942, e não Round Midnight – a mais bela e que já postei aqui –, pela versão histórica que todos vão poder conhecer.

Trata-se de um show em que Monk divide o palco com o grande saxofonista – principiante à época - John Coltrane, no Carnegie Hall, em Nova York, e cujo registro em áudio só foi aparecer quase 40 anos depois, encontrado em algum porão da vida de alguém.


Thelonious Monk - Epistrophy

Nenhum comentário:

Postar um comentário