Monk é um dos mais geniais compositores e nem precisa que coloquemos o óbvio complemento “da história do jazz”. Independe de gênero ou época para estar entre os maiores. E, advinhem só: era um excêntrico. Gostava, por exemplo, de abandonar o piano em seus shows para dançar ao som da banda ou simplesmente ficar girando no mesmo lugar, como se estivesse hipnotizado. Daí pra pior.
Menos mal que a excentricidade do Thelonious, que tem um belo nome, diga-se de passagem - é proporcional à criatividade e originalidade de cada música que ele deixou. E isso não sou eu quem diz, mas gente que entende, avalizada. Eu só absorvo e formo minhas frases.
“Em Monk, cada nota soa racionalmente escolhida e tocada. Por trás da aparente estranheza das melodias, suas composições são coerentes e lógicas, revelando uma combinação do jazz tradicional, do swing e do blues...” escreveu Carlos Calado, no livro-CD sobre Monk da coleção da Folha de S. Paulo.
Para este post, escolhi Epistrophy, de 1942, e não Round Midnight – a mais bela e que já postei aqui –, pela versão histórica que todos vão poder conhecer.
Trata-se de um show em que Monk divide o palco com o grande saxofonista – principiante à época - John Coltrane, no Carnegie Hall, em Nova York, e cujo registro em áudio só foi aparecer quase 40 anos depois, encontrado em algum porão da vida de alguém.
Thelonious Monk - Epistrophy
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