sexta-feira, 2 de julho de 2010

Terminou como começou

As escolhas de Dunga durante o segundo tempo do jogo contra a Holanda, mostram como ele se equivocou desde a convocação do grupo para a Copa. E como voltou a se equivocar na hora em que precisou reverter um resultado adverso, algo que ainda não tinha acontecido na África.

Desde que comecei a ver futebol, jamais tinha visto o treinador do time que está perdendo não realizar as três substituições a que tem direito para tentar mudar o resultado. Dunga, não confiando nos jogadores que ele próprio escolheu, manteve no banco Grafite e Júlio Baptista, as opções ofensivas disponíveis. Teria se arrependido?

O Brasil de 2010 mostrou apenas uma boa defesa. Nada mais do que isso, o que é muito pouco. Deixou de fora jogadores que poderiam tornar a seleção bem mais forte. Além das obviedades Ronaldinho e Ganso, Hernanes e Pato seriam opções melhores do que Kleberson e Grafite, que foram à África apenas a passeio.

Dunga não merece ser o único culpado pela desclassificação. Não teve culpa por Kaká ter jogado mal, e nem pela lesão de Elano, que, ao seu modo, é um jogador importante. Felipe Melo, até a expulsão, estava jogando bem. O pecado do treiandor foi ter privilegiado, desde a escolha dos 23 nomes, a obediência em detrimento do talento. Em 2002, Felipão, que é técnico de outro nível, conseguiu unir as duas coisas, como deve ser. E foi o último a ter sucesso em uma Copa do Mundo.

Embora simpatize com os vizinhos argentinos e uruguaios, estarei agora torcendo por um campeão inédito. Espanha e Holanda há tempos formam boas seleções, mas nunca chegam. Que seja agora.

Um comentário: