O jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade.
Nignuém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida.
Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso.
Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.
Por definirem tão bem a profissão que escolhi, queria muito que as palavras acima fossem minhas. Mas confesso que são do Gabriel García Márquez.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
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E muito bem parafraseadas, Andrei :)!
ResponderExcluirNão sendo tuas as palavras, te resta o grande mérito da escolha adequada tanto do texto, quanto do autor que é incrível!
ResponderExcluirSaudades daqui!
=)
Putz, este texto é foda...inclusive publicamos estes tempos...abraço
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