quinta-feira, 13 de maio de 2010

Enredos singulares


A virada sobre o Santos, na chuvosa noite de ontem, foi certamente um dos 5 maiores jogos que já vi do Grêmio. Claro, tirando do contexto e pegando somente o jogo, os 90 minutos. No quesito elementos dramáticos, só mesmo a Batalha dos Aflitos foi mais rica.

O enredo do 4x3 conquistado ontem abusou dos clichês dos grandes jogos. Tivemos a iminência da derrota, com dois gols sofridos antes dos 20 minutos de jogo, pênalti perdido, goleiro adversário fechando o gol, craque do time intimidado e ouvindo vaias da torcida, improvisações desastrosas na escalação, um arrepio na espinha a cada contra-ataque dos adversários, mais rápidos e mais habilidosos. Foi contra tudo isso que o Grêmio teve que mostrar sua força na noite de ontem. Virou o jogo com a incrível bravura dos que nada têm a perder.

O Grêmio de quarta-feira, 12 de maio de 2010, lembrou aquele que foi à Colômbia buscar uma Libertadores. Aquele que conquistou a Copa do Brasil em 1997, em pleno Maracanã, contra o Flamengo, de Romário. Ou o que alcançou o mesmo feito em 2001, contra o Corinthians, no Pacaembu. Que derrotou o Náutico, nos Aflitos, em 2005, numa das maiores façanhas já vistas no futebol. E que foi ao Beira-Rio ,em 2007, uma semana após perder a Libertadores, e fez 2x0 no Inter, que anunciava um funeral azul.

Em uma década e meia, mesmo não sendo o período das maiores glórias da história tricolor, creio que já vi boas mostras deste clube de triunfos improváveis e enredos pra lá de singulares.

Foto: Jefferson Botega (ClicRBS)

2 comentários:

  1. com o GRÊMIO não existe meio-termo... e é isso que nos apaixona cada vez mais!

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  2. tens razão! o meio-termo só esfria as relações!

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