sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aerosmith foi o Aerosmith

A cerveja estava a R$ 8,00 a lata. Vendiam capas de chuva a até R$ 10,00. Copo d’água a R$ 4,00. Mas o show do Aerosmith, simplesmente, não teve preço.

O setlist foi irretocável. Não dava para exigir todos os clássicos porque não cabem em um repertório de duas horas. Mas das 19 músicas tocadas, pelo menos 15 não poderiam mesmo ficar de fora. Emoções intensas, ainda que diferentes, quando ouvi Falling in Love e What it Takes, duas das preferidas, sem dúvida. Uma boa surpresa foi Mama Kin, lá dos primórdios.

Surpreendeu o solo do baterista Joey Kramer. Trata-se do músico mais “comum” da banda, o menos badalado, com certeza. E, de fato, poucas são as músicas do Aero que contam com passagens de bateria que fujam do óbvio. Mas Kramer embalou o público, e ainda rolou uma canja percussiva do Steven Tyler, baterista de origem.

Uma parte bem puxada pro blues foi outra coisa que eu não estava esperando. Stop Messin’ Round e Baby Please Don’t Go, em sequência, foi um dos momentos mais catárticos das duas horas de show.

Momentos “quem viu, viu”

O que tenho mais presente na memória de qualquer show são aqueles momentos únicos e curiosos que ocorrem no palco. Ontem, foi engraçado quando, durante What it Takes, Tyler, que cantava a capella, deixou um trecho para a galera cantar. Como ninguém se atreveu a alcançar o tom da música, houve um certo silêncio. Eis que o vocalista, assustado, grita: “IS SOMEBODY PAYIN’ ATTENTION??” (algo como, alguém está prestando atenção??). Sensacional.

Lembro vivamente do show do Pearl Jam, em 2005, quando, em determinado momento, o Eddie Vedder começou a dançar com a filha, que estava ao lado do palco, no colo da mãe. No show do Guns, durante Patience, tocaram um boneco do Homer Simpson no palco, e o Axl começou a simular uma masturbação com o boneco. Cômico. Assim como as do show de ontem, são memórias de quem esteve lá e pode ver aquilo que não aparece em DVD. E que não tem preço.

Setlist do show (comentado):

1 - Love in an elevator (legal, mas a abertura poderia ser com Eat The Rich)
2- Mama kin (grata surpresa, uma das que mais agitou)
3 - Falling in love (is hard on the knees) (das minhas preferidas, não tinha como ficar de fora)
4 - Pink (antes de começar a música, Tyler soltou um "e aí, gaúchos!")
5 - Dream on (confesso que não sou muito fã da clássica Dream On. Mas na hora passa)
6 - Living on the edge (idem 3)
7- Jaded (legal)
8 - Crazy (muito legal)
9- Cryin’ (incrível, fechando esta sequencia legal)
10 - Solo de bateria (surpreendente a qualidade do solo do Joey Kramer)
11- Lord of the thighs (com longa passagem instrumental, ficou bacana)
12 - I don´t want to miss a thing (canção praticamente de domínio público, todo mundo cantou e foi sensacional)
13- Rag doll (depois de uma balada, um bom rock pra retomar o agito)
14- What it takes (a minha balada preferida, me emocionei)
15- Sweet emotion (idem 5)
16- Stop messing around (Blues que, ao vivo, teve uma pegada ainda mais blueseira)
17- Baby please don´t go (idem 16)
18 - Draw the line
19 - Walk this way (começou o bis. Refrão mais empolgante do Aero, grande momento)
20 - Train kept a rolling (foi triste porque sabíamos que seria a última. Mas fechou com estilo. Bela música das antigas)

Foto: G1 (em breve, outras)

3 comentários:

  1. S E N S A C I O N A L !!!
    antes do show ainda comentei "pena que não vai rolar Mama Kin, seria demais!"
    e rolou!!!! sem comentários!!!
    difícil dizer qual o ponto alto do show... fora Mama Kin, particularmente fico com: Lving on the Edge, I Don`t Wanna Miss a Thing e Sweet Emotion. não são nem de longe as minhas favoritas, mas ao vivo funcionaram de moneira irretocável!
    e o detalhe mais particular foi o Steven Tyler com a camisa do Grêmio na mão! haha


    ps: faltou Eat the Rich!

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  2. ...E, como eu havia dito pro Diego, eu perdi :(, hehe!

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  3. Bahhh Thaís...não dava pra perder, não. heheeh

    Concordo, Diego. Sweet Emotion no show ficou melhor do que qualquer gravação que eu já tinha ouvido. E não ter Eat The Rich foi um crime.

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