domingo, 2 de maio de 2010

A sorte não brinca na gangorra Gre-Nal

Curioso como, em um ano, o Grêmio virou um time melhor do que o Internacional. Cresceu em qualidade técnica e equilíbrio, enquanto o rival decaiu vertiginosamente. A conquista do Gauchão 2010 pelo tricolor, mais do que pela raça, pela torcida ou pela sorte - fatores tão comuns de decisão no futebol - passa, e muito, pela qualidade.

Lembro do Inter de 2009, festejado como o melhor elenco do futebol brasileiro. Lembro de craques como Nilmar, Alex, D’Alessandro e Kleber. Taison surgia como uma promessa de craque. Tudo eram boas perspectivas no Beira-Rio, até começarem os maus negócios.

Um a um, foram saindo os jogadores de exceção. Começou por Alex, em seguida Nilmar, depois o bom volante Magrão. E a reposição nunca foi à altura. Vieram Alecsandro, para o ataque, e Edu, para o meio de campo. Nenhum dos dois faz sombra aos antecessores. Ao mesmo tempo, Taison desapareceu , assim como o futebol de Kleber e D'Ale. O zagueiro Sorondo passou a conviver com seguidas lesões, e nunca mais foi o mesmo. Voltou Fabiano Eller, do time campeão mundial de 2006, carregando nas costas o peso dos anos.

Resultado do fim desta fase de grandes jogadores é que hoje, embora ainda seja capaz de boas campanhas, o Internacional tem uma equipe comum. Impõe respeito pela camisa, mas não causa medo no adversário. No grupo atual não tem mais um jogador sequer capaz de desequilibrar. Tampouco o conjunto tem força para ser o fator de desequilíbrio, pois o treinador sequer tem seus 11 titulares definidos.

Enquanto isso, o Grêmio, que no 1º semestre do 2009 apresentou um time incapaz de disputar a Libertadores em condições de ser campeão, e no 2º foi coadjuvante durante todo o Brasileirão, começa a arrumar a sua casa. Agora parece precisar de poucas peças para estar entre os melhores do Brasil. Isto porque, neste ano, só foram feitos bons negócios. As contratações foram pontuais. Poucas e boas. Saiu Réver, veio Rodrigo. Saiu Maxi López, veio Borges. Saiu Tcheco, veio Douglas. Saiu Douglas Costa, veio Hugo. Leandro veio suprir a carência de velocidade. Em nenhuma dessas trocas houve perda de qualidade. Houve acréscimo.

Principalmente em seu meio de campo, o Grêmio desta temporada é mais forte. A volta de William Magrão e a criatividade de Douglas não deixam dúvidas. Ter como opções Fabio Rochemback, Hugo, Mythiuê e Maylson é outra vantagem importante. Quando voltar o lesionado Souza, o banco de reservas estará ainda mais recheado. Como já escrevi anteriormente, o tricolor passa de médio pra bom.

Em 2010, o Grêmio aprendeu que precisa de qualidade para chegar aos títulos. Só com raça e superação, não dá. Aprendeu com as boas campanhas do maior rival nos últimos anos. Rival que, ao que parece, já esqueceu por que ganhava.

2 comentários:

  1. Um parabéns antecipado, pro próximo.
    Daqui 4 anos...

    HAHA bjs.

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  2. Olha cara, a Copa do Brasil e a Sul Americana estão nas possibilidades do Grêmio. Brasileirão sempre é loteria, mas o grêmio vai disputar. É a minha perspectiva

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